[Resenha] Mágicos: e o Reino do Trono Vazio "P. S. Morais"



Felipe nunca compreendera porque se sentia um peixe fora d’água... porque se sentia um estranho naquele mundo, tão surreal... repleto de pessoas e cidades “normais!” Pelo menos, até dar-se início o Festival das Hortências! Durante aquela festa magnífica, realizada em sua cidade, o garoto acaba sendo atacado por um homem deveras estranho, de cartola e capa negra nas costas, possuidor de estranhos poderes. 

Com medo e confuso, Felipe conhece Peter Sonvalente, que o ajuda a entender o que, de fato, está acontecendo. Daí, surgem as dúvidas, e, com elas... as incríveis revelações! Abre-se, então, aos poucos, um mundo mágico, jamais imaginado por Felipe, repleto de mistérios... de criaturas sinistras... imensos castelos... cidades curiosas. E... uma lição de amor e amizade! 

Porém... há um vilão perverso, poderoso, à espreita, disposto a roubar o que lhe é de direito. E para derrotá-lo, Felipe terá que aprender Mágica, enfrentando um grande desafio, visando ainda salvar seu grande amor – Tarsila! – e ascender ao trono, se tornando Rei de Magmas! 

Uma obra pra lá de fantástica, narrada com simplicidade e criatividade por esse jovem autor brasileiro. Vale a pena, ler!

Editora: Clube de Autores/Amazon
Gênero: Fantasia
Ano: 2013
Páginas: 262
Nota:3,5/5

“Mágicos: e o Reino do Trono Vazio” é o romance de estreia do autor BRASILEIRO P.S. Morais.

Mágicos: e o Reino do Trono Vazio
Uma fantasia cheia de descobertas e aventuras


Felipe é um jovem de 14 anos comum, tem uma família comum, uma vida comum e frequenta a mesma escola que todos os outros garotos (comuns) da pequena cidade onde mora. Mas a sua existência esconde segredos que ele jamais imaginara.

A fantasia criada pelo autor P.S. Morais aborda um tema já utilizado em incontáveis obras no decorrer de décadas, tanto no cinema, quanto na literatura: “a magia”. O grande êxito mais recente é a franquia Harry Potter. No entanto, mesmo trabalhando com um tema já saturado, o autor foi capaz de inserir uma marca sua, com um traço louvável de originalidade.

Logo no título vemos algo diferente. Mágicos! Não bruxos, ou magos, ou feiticeiros, mas Mágicos. Um termo muito mais utilizado para descrever ilusionistas do que seres com poderes sobrenaturais.

No país de Arbóres, universo fictício onde se passa a parte “fantástica” da obra, três espécies de séries habitam. Os Elfos, os Gigantes, e os Mágicos.

Os Elfos têm características já conhecidas, com o acréscimo de majestosas asas. Os Gigantes são gigantes, e isso deve bastar. E os Mágicos têm suas peculiaridades, fruto da mente imaginativa de P.S. Morais. São trajados em um misto de bruxos e Ilusionistas, com Cartolas vistosas e capas pesadas.

Felipe descobre ser o herdeiro do trono de Arbóres, vazio há muito, muito tempo. E descobre, também, ser um mágico, e que seus poderes em breve irão se manifestar. A partir dessa premissa se inicia a aventura do jovem rumo a um universo totalmente novo e desconhecido.

Quando o protagonista completa 15 anos, sua jornada começa, e o futuro lhe reserva desafios perigosos e cruciais para o destino de toda uma nação.

A leitura flui rápida, e as 262 páginas são de fácil deglutição, podendo ser lidas em um mesmo dia, para os leitores mais vorazes. Temos descrições de cenários incrivelmente belos, ressaltando uma capacidade imaginativa muito rica por parte do autor. Há um desfile de personagens dos mais diversos, dando a oportunidade ao leitor de conhecer cada vez melhor esse novo mundo que é apresentado. O leitor mergulha junto com Felipe naquele mar de novidades fantásticas, e é levado a vencer seus limites para ultrapassar as barreiras que são impostas.


Há um clímax na história, um ponto de tensão, e um desfecho satisfatório. Contudo, deixando a brecha para a continuação, já que o livro é o primeiro de uma trilogia em produção

Apesar de trazer uma boa história, bem desenvolvida e bem estruturada, a escrita peca pela falta de uma revisão profissional, o que é totalmente compreensível em uma produção independente. No entanto, não prejudicou a minha leitura e apreciação da obra. Mas, leitores mais sistemáticos (chatos?) podem se incomodar.

A escrita também poderia ser mais enxuta, principalmente no que tange a coesão e retomada de elementos em uma mesma frase. Um tratamento nesse sentido poderia deixar a leitura ainda mais fluida e interessante.
Mas os pontos negativos não são motivos para deixar de ler essa história cheia de magia e aventura. 

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